segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Parábola do Sapo Fervido

         

                                        A Síndrome do Sapo Fervido



Pesquisas constataram um curioso comportamento dos sapos. Os estudos biológicos efetuados provaram que quando um sapo é colocado em um recipiente com a mesma água da sua lagoa, permanece estático durante todo o tempo, mesmo que a água seja aquecida. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura e morre quando a água ferve. Por outro lado, ao jogar-se um outro sapo no recipiente já com a água fervendo, ele de imediato pula para fora, queimado, porém, vivo.

Qual o motivo que o leva a não perceber a mudança do ambiente? Por que ele não reage a essas mudanças? Sobremodo intrigante essa conduta, pois, enquanto permanece escondido em seu ambiente natural, fica despercebido das profundas alterações que estão ocorrendo ao seu redor, alterações essas que o levarão à morte.

Esse estranho procedimento ficou conhecido como a Síndrome do Sapo Fervido; o sapo inexplicavelmente não reage à radical mudança do meio ambiente em que vive. É extraordinariamente espantoso esse comportamento do sapo. Entretanto, observa-se que idêntica postura é tomada pelos seres humanos que permanecem omissos aos acontecimentos que ocorrem em torno de si.

A Síndrome do Sapo Fervido é uma realidade para muitos que permanecem alheios aos graves fatos que ocorrem em seu meio. A indiferença sempre será desastrosa, o conformismo é inconseqüente.
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Para que a Síndrome do Sapo Fervido não seja uma realidade em nós, procuremos discernir os tempos com sabedoria, não ignorando as alarmantes modificações que drasticamente ocorrem ao nosso redor.


Não sei se a parte em que diz que "pesquisas constataram" é verdadeira, pois trata-se de uma parábola, mas no entanto é uma boa parábola para reflexão!



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Auto-interesse


    Melhor escola do DF paga altos salários a professores


O colégio Olimpo chegou a Brasília há dois anos e já conquistou o primeiro lugar geral no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no Distrito Federal. Com apenas 11 alunos matriculados no exame, a escola ficou mais de 30 pontos à frente de instituições tradicionais da capital. O motivo do sucesso: alto investimento em professores.


O diretor financeiro e professor de matemática Marcelo Moraes conta que os cerca de 50 docentes foram escolhidos a dedo nas cidades de Goiânia – sede da primeira unidade da escola, inaugurada em 2004 -, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo,Belo Horizonte, Campinhas, São José dos campos, Uberlândia e São José do Rio Preto.


- Nós chegamos nestas cidades e perguntamos aos melhores alunos das escolas: quais são seus melhores professores? Normalmente, eles nos dão uma lista de três, quatro ou cinco na cidade que são realmente professores de destaque.


Para manter o disputado grupo de mestres, a escola oferece os melhores salários. Por mês, um professor que dê 50 a 60 aulas por semana chega a receber de R$ 10 a 15 mil, revela Moraes sem deixar escapar o valor pago por aula na instituição.


Segundo o Sinproep - DF (Sindicato dos Professore em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal), o valor da hora/aula em escolas do porte do Olimpo gira em torno de R$ 40 a R$ 50.


A mensalidade, por sua vez, é bem alta: para estudar na escola número um do Enem no DF paga-se de R$ 1.227 a R$ 1.432. Não basta, no entanto, estar disposto a pagar caro. Antes da matrícula, todos os alunos passam por prova de seleção e entrevista ao lado dos pais. Os diretores lembram que no semestre passado apenas 40% dos pretendentes a uma vaga no terceiro ano foram aprovados.


O material didático é produzido por um grupo de professores da própria escola e consiste em oito livros adotados no terceiro ano e no pré-vestibular, além de uma coleção voltada para o primeiro e segundo anos.



Tecnologia

O Olimpo não é adepto a recursos audiovisuais e tecnológicos em sala de aula, onde estudam no máximo 40 alunos. Bernadelli, diretor de ensino e professor de física, afirma que a infra-estrutura da escola deve facilitar a vida do aluno, mas não deve ser uma prioridade. Ele simplifica a receita do bom ensino.


- Os quatro pilares fundamentais da escola são quadro negro, giz, gente querendo aprender e gente querendo ensinar.


Os fatos comprovam a eficácia da receita. Em um ano, o número de alunos dobrou e hoje soma 200 matriculados no ensino médio e mais 300 no curso pré-vestibular. No próximo ano, a escola passará a ter ensino fundamental e, segundo os sócios, em 2012 o Rio de Janeiro abrigará mais uma filial do grupo.




Fonte: http://primeiraedicao.com.br/noticia/2010/07/19/melhor-escola-do-df-paga-altos-salarios-a-professores           e          http://noticias.r7.com/educacao/noticias/melhor-escola-do-df-paga-altos-salarios-a-professores-20100719.html


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“Cada indivíduo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção... Perseguindo seus próprios interesses, freqüentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”    (Adam Smith)


"Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu 'auto-interesse'"
                                                                    (Adam Smith)

Carga tributária...

Você é de esquerda ou apenas acredita ser?

Por: Diogo Costa em: http://www.ordemlivre.org/2010/07/voce-e-de-esquerda-ou-apenas-acredita-ser/


Um recente estudo do economista James Rockey da Universidade de Leicester concluiu que os eleitores são menos de esquerda do que se dizem. A pesquisa revelou que, ao serem questionadas sobre assuntos específicos, pessoas auto identificadas de esquerda oferecem respostas mais liberais ou conservadoras. Por exemplo, em vez de defenderem a igualdade econômica, como seria esperado, os supostos esquerdistas consideram justo o pagamento diferenciado para pessoas mais eficientes em suas ocupações. Dos 280.000 entrevistados em 84 países, “os mais educados em média acreditam ser mais de esquerda do que suas crenças em assuntos substantivos parecem sugerir”.
Esse é mais um diagnóstico da ignorância racional crônica (ou pura irracionalidade, como sugere Caplan) que afeta os eleitores de qualquer democracia. Se fossem mais bem informados, provavelmente uma parcela significativa do eleitorado não votaria em alinhamento com os partidos de esquerda.
Não é de se espantar que a educação econômica seja uma bandeira liberal (Via Freakonomics).

Não Faz Sentido! - Fiukar

Felipe Neto



É...   Ele já foi bom um dia...

Não Faz Sentido! - Gente que escreve errado

Felipe Neto



Já foi bom...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

Economia mista


Uma economia mista é uma forma de economia que combina dois ou mais modelos econômicos distintos. Como sistemas econômicos são complexos e geralmente híbridos, utiliza-se critérios de avaliação de sistemas econômicos ou modos de produção "ideais", como o feudalismo, capitalismo, socialismo. Na maior parte dos casos, trata-se de padrões ou modelos mais específicos, híbridos de variações de um sistema, intermediários entre padrões distintos como o capitalismo de mercado liberal e o capitalismo politicamente orientado.
Como exemplo em períodos históricos anteriores, pode-se classificar o modelo econômico da Europa durante o período que vai do Renascimento até as vésperas da Revolução Industrial como um período intermediário entre uma economia feudal e outra tipicamente capitalista. Em algumas regiões da Europa já existiam características do capitalismo (acumulação de capital, propriedade privada, financeirização da economia), em outras o sistema econômico continuava tipicamente feudal.
Na atualidade, o conceito de "economia mista" é muito usado como sinônimo de modelos mistos entre economia de mercado e economia orientada, planejada, ou ainda economia planificada. Como modelos ideais puros nunca existiram, teoricamente todo sistema econômico poderia ser considerado misto em algum grau. Muitas vezes o conceito de economia mista também é usado também como sinônimo de modelo híbrido entre grandes sistemas socio-econômicos como o capitalismo e o socialismo, embora existam diferentes modelos de regulação econômica nestes dois sistemas. Algumas fontes preferem o uso do termo "economia dirigida" em vez "socialismo" na definição da economia mista.
Nos anos 1990 dois padrões diferentes de modelos mistos se consolidaram, o da chamada "terceira via" liberal, que se propôs a criar um modelo misto entre o capitalismo orientado do "welfare state"(estado de bem-estar social) e uma reinterpretação do liberalismo clássico, voltado apenas para o plano econômico. Este modelo foi popularizado como "neoliberalismo". O outro modelo de economia híbrida consolidado no mesmo período é o chinês, na época chamado de socialismo de mercado, que compõe características tanto de regulação do mercado típicos do capitalismo politicamente orientado quanto da economia planificada que vinha sendo modificada desde os anos 1960, já como um modelo distinto daquele de planificação adotado na ex-União Soviética.
O modelo de classificação abstrato, neste caso, parte da avaliação da presença de características teoricamente típicas de um modelo ou do outro: características de capitalismo de mercado (livre comércio, livre mercado, desregulamentação de preços e salários, propriedade privada dos meios de produção) ou de planejamento econômico centralizado (planejamento econômico, planejamento da produção, preços e salários, regulação da economia, propriedade estatal dos meios de produção).
Geralmente os sistemas mistos pretendem encontrar um equilíbrio entre as características positivas de um modelo e de outro. Por exemplo, a "economia mista" produzida pelo "welfare state" pretende manter um balanço entre o crescimento económico, baixa inflação, níveis de desemprego reduzido, boas condições de trabalho, assistência social e bons serviços públicos, através da intervenção do Estado na economia.
A maioria dos países do mundo, incluindo países com regimes políticos considerados democráticos, como na Europa ou nos EUA, têm uma economia mista. No caso dos países capitalistas desenvolvidos nota-se com maior clareza a ocorrência de longos períodos de economia mais liberal ou de desregulamentação pró-mercado (do início do século XX até 1929 e dos anos 1980 aos 2000) e outros períodos de maior regulação ou intervenção do Estado na economia (entre 1930 e a II Guerra Mundial, e até os anos 1960, ou atualmente, após a crise econômica de 2007-2008).



A Era da Imprudência

Por: Pedro Albuquerque em: http://www.ordemlivre.org/2010/06/a-era-da-imprudencia/


Faz alguns dias a revista The Economist publicou uma série de artigos sobre os perigos criados pelo excesso de endividamento de governos, empresas e consumidores nos países avançados. Pontos de fundamental importância foram levantados, e é extremamente saudável a atitude dos editores da revista de denunciar os excessos causados pela ideologia do keynesianismo de gibi (cartoonish Keynesianism).


Vamos por partes. Primeiro, os fatos: nos países ricos, as dívidas governamentais vêm crescendo continuamente ao longo do tempo, resultado dos excessos típicos da irracionalidade política (falhas de governo), do envelhecimento das populações (transição demográfica), e dos compromissos criados já faz quase um século pelo estado de bem-estar social (welfare state).


O excessivo endividamento não se restringe, porém, somente aos governos. Nos Estados Unidos em particular o endividamento das famílias também cresceu de forma explosiva durante os últimos 60 anos. Várias são as explicações para o fenômeno, entre elas as inovações da indústria financeira e regulações governamentais de má qualidade, além de incentivos perversos criados por administrações sempre mais preocupadas com a próxima eleição que com a estabilidade financeira e econômica de longo prazo. O desenvolvimento de uma cultura leniente em relação ao endividamento, que passou de mácula a símbolo de riqueza, também contribuiu para o aumento da imprudência financeira das famílias. A dívida do setor privado nos EUA, por exemplo, que era de 50% do PIB em 1950, atingiu em ápice recente 300% do PIB.


Companhias por sua vez passaram a utilizar cada vez mais o crédito para alavancagem financeira de alto risco. O comportamento marcado pelo risco moral (moral hazard) e busca de rendas (rent seeking) tornou-se comum na medida em que o estado passou a ser o segurador de última instância de toda atividade econômica e no momento em que deixou de existir o efeito purgatório dos ciclos econômicos sobre empresas que se expõem a riscos excessivos com fundos alheios. Vivemos hoje no mundo das companhias zumbis (zombie companies).


O curioso é que, numa situação na qual o crédito é naturalmente escasso, o resultado dos excessos do governo e do setor privado seria o aumento dos juros reais, havendo consequentemente uma moderação salutar do comportamento imprudente. Mas o que vimos em praticamente todos os países foi exatamente o oposto: cada farra financeira levava os bancos centrais e tesouros nacionais a reduzirem os juros artificialmente via aumento desordenado do crédito, sustentando assim o próximo carnaval de endividamento. A instabilidade econômica criada por tais políticas poderia resultar em dois cenários opostos: inflação desenfreada ou implosão repentina dos preços dos ativos como resultado de uma crise de confiança no sistema financeiro, com efeitos deflacionários. Este último cenário, como sabemos, foi o que acabou predominando desta vez nas economias avançadas.


O que nenhum político eleito nas vagas populistas das crises lhes dirá é que todo este endividamento agravado por suas políticas mais recentes terá consequências negativas que poderão durar por décadas. Governos, empresas e consumidores excessivamente endividados terão certamente que mudar de comportamento e lidar com a realidade de que são mais pobres que imaginavam ser até recentemente. O ajustamento à esta nova realidade será provavelmente longo e manterá o crescimento econômico das economias ricas em banho-maria.


Mas as consequências não pararão aí. As economias de países emergentes como a China e o Brasil são altamente dependentes dos excessos consumistas dos governos e do setor privado nos países avançados, e consequentemente da leniência creditícia que neles ainda impera. Na medida em que o ópio do keynesianismo de gibi se esgotar, governos, empresas e consumidores nos países centrais serão forçados a apertar cintos e finalmente ajustar suas expectativas. Neste momento (que ainda não chegou) é que os efeitos mais severos dos ajustes serão sentidos nas economias emergentes.